Portugal e a CPLP devem aumentar os esforços e mecanismos anti-corrupção na Guiné Equatorial

A EG Justice, ONG dedicada à promoção dos Direitos Humanos, transparência e reforço da participação cívica na Guiné Equatorial, publicou recentemente um novo artigo sobre os esquemas de corrupção envolvendo este país e outros Estados-membros da CPLP, incluindo Portugal.

Nos últimos quatro anos, a Guiné Equatorial caiu quatro pontos no Índice de Perceção da Corrupção, pelo que recebemos, sem qualquer surpresa, mais uma denúncia sobre vários episódios de corrupção envolvendo o governo liderado há mais de 40 anos por Teodoro Obiang, o governante mais antigo de África.

Segundo Karina Carvalho, Diretora Executiva da Transparência e Integridade, “a exposição dos negócios obscuros do regime da Guiné Equatorial com empresas sediadas em Portugal, Moçambique, Brasil, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde vem reforçar o que há muito defendemos: que Portugal e a CPLP têm de não apenas incrementar os esforços e mecanismos anti-corrupção, mas também começar a ser responsabilizados pelas autoridades internacionais e a opinião pública enquanto facilitadores da grande corrupção, sem cuidar que com isso contribuem para o empobrecimento de milhões de pessoas na Lusofonia”.

Neste sentido, estamos a desenvolver desde abril do ano passado o APROFORT, um projeto de apoio, proteção e fortalecimento de ativistas e organizações da sociedade civil na defesa dos Direitos Humanos na Guiné Equatorial. Além disso, promovemos uma petição pública em que exigimos a devolução do dinheiros roubado ao povo angolano no #LuandaLeaks.