Transparência Internacional defende novas regras contra o branqueamento de capitais

A União Europeia deve alterar as regras de supervisão sobre a lavagem de dinheiro, defende a Transparência Internacional, depois de terem sido reveladas transações fraudulentas de, pelo menos, 40 mil milhões de euros no Swedbank.

De acordo com o organismo internacional, o Swedbank e as suas agências do Báltico “procuraram ativamente clientes com um perfil de alto risco e terão passado, pelo menos, 40 mil milhões de dólares em transações de alto risco, entre 2014 e 2019, ignorando obrigações no âmbito das normas contra a lavagem de dinheiro”.

Os capítulos nacionais da Transparência Internacional na Estónia, Letónia, Lituânia e Suécia denunciaram “falhas flagrantes existentes no sistema de combate à lavagem de dinheiro da União Europeia, o que se tornou evidente com as revelações sobre transações de, pelos menos 40 mil milhões de dólares, que envolveram o Swedbank.

“A dimensão das operações irregulares efetuadas pelo Swedbank, com as quais enganou o público, após o escândalo do Danske Bank, é ultrajante, porque o banco sueco continuou a insistir que seus sistemas tratam adequadamente das operações que possam ser consideradas transações suspeitas. Se não fosse um denunciante, os jornalistas de investigação e a pressão pública, o banco poderia ter continuado a prestar serviços às operações de lavagem de dinheiro”, referiu Ulrik Åshuvud, presidente da Transparência Internacional na Suécia.

Esta investigação foi desencadeada por revelações feitas em fevereiro de 2019 pela SVT, o canal de televisão pública sueca, que identificou, pelo menos, 5,8 mil milhões de dólares em transações efetuadas pelo Swedbank no escândalo de lavagem de dinheiro do Danske Bank.

Mais detalhes no Jornal Económico.